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Nos bastidores da sucessão do Papa

  • Foto do escritor: Eugênio Rego
    Eugênio Rego
  • 21 de abr.
  • 2 min de leitura

A morte do Papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira, 21, marca o fim do pontificado de 12 anos do primeiro líder latino da Igreja Católica. Por outro lado, dá início às negociações, alianças e especulações para a escolha do próximo pontífice.


FIENNES: Cardeal Lawrence é moderador de desejos e fé
FIENNES: Cardeal Lawrence é moderador de desejos e fé

A escolha do Papa, como não deixaria de ser, segue uma série de ritos e protocolos rodeados de sigilo absoluto. É uma eleição a portas fechadas na qual, além de escolher quem vai ocupar o cargo mais importante no Catolicismo, são alinhavados acordos, divergências, estratégias e alianças - afinal são os rumos da Igreja que também estão em jogo.


Um vislumbre desse processo demorado e intricado pode ser visto no filme "Conclave", premiado este ano com o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. A produção, inspirada no livro homônimo do best seller Robert Harris foi indicado também em outras sete categorias na premiação e é estrelado por Ralph Fiennes (indicado a Melhor Ator -abaixo).

"Conclave" levou Oscar por seu roteiro instigante e imprevisível
"Conclave" levou Oscar por seu roteiro instigante e imprevisível

Durante 120 minutos o espectador testemunha o embate a porta fechadas de cardeais representantes de vários continentes cujas ideologias e interesses se sobrepõem. Cabe ao Cardeal Lawrence (Fiennes) moderar as manifestações de visões distintas sobre questões seminais para a maior instituição religiosa do mundo.


A cada dia de votação também se sucedem conluios, puxadas de tapetes, casos de assédio, preconceito e acordos escusos; "Conclave", deliberadamente, usa a escolha do novo papa como alegoria para a busca incessante do poder a qualquer custo. Lawrence, por outro lado, é o fiel da balança e a redenção para quem acha que não há salvação.


Para além da narrativa tensa e instigante, como toda novela deve ser, a presença de Isabella Rosselline (Irmã Agnes, silenciosa, observador e com pulso firme), Stanley Tucci (O Diabo Veste Prada) e John Lithgow (Cemitério Maldito).


Tão surpreendente quanto a sua narrativa o final de "Conclave" nos deixa boquiabertos pela escolha impensável até mesmo para um filme de ficção. Um filme sem tiros, explosões, assassinatos, tiros nem monstros consegue nos deixar em suspense e interessados em intrigas vaticanas merece cada centímetro da estatueta do Oscar.


"Conclave" está disponível no Prime Vídeo.

 

 
 
 

4 Comments


Sergio Guerra
Sergio Guerra
Apr 22

O filme trás a realidade "próxima" de um conclave. Para quem já presenciou conversas entre padres sobre uma eleição papal, sabe que o enredo mostrado é muito próximo da realidade. Mas me chamou a atenção uma coisa: o direito canônico, ainda não prevê o "caso" do papa eleito. Biologicamente é perfeitamente possível, porém, para igreja?

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Fernando Soares Fontinele
Fernando Soares Fontinele
Apr 21

Curiosamente, assisti a esse filme no início do feriado, foi muito bem contextualizado para o momento em que vivemos e praticamente previu o que pode acontecer nesses próximos dias.

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Gabriela Celso Vasconcelos
Gabriela Celso Vasconcelos
Apr 21

Muito bom professor! Vou assistir agora mesmo.

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Eugênio Rego
Eugênio Rego
Apr 21
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Não vai se arrepender! O final é surpreendente!

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© 2018 por Everson Oliveira. 

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